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WABI-SABI

  • Carlos Machado Jr
  • 15 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de jun.

A filosofia oriental costuma trazer grandes ensinamentos e não faltam opções que nos fazem repensar muito da forma como encaramos o jeito ocidental de ser.


O Wabi-Sabi é uma dessas gratas surpresas.


Trata-se de um conceito estético japonês que valoriza a beleza da imperfeição, da impermanência e da incompletude. Ele encontra beleza nas coisas simples, rústicas e naturais, que refletem a inegável transitoriedade da vida.

 

Wabi refere-se à simplicidade, humildade, e a beleza encontrada no significado de realidade. Enquanto Sabi se refere à beleza que surge com a idade, com o passar do tempo e com a aceitação do ciclo natural de crescimento e decadência.

 

Juntos, eles formam uma filosofia que valoriza o equilíbrio e a harmonia com tudo que é natural, esperado, consequente ou até mesmo inevitável.

 

A imperfeição ou incompletude talvez sejam termos inadequados para explicar, já que muitas vezes como parte de um processo, trata-se de harmonia inerente e consequente, sendo assim, o que chamamos de imperfeição, quando do entendimento dessa filosofia, trata-se de inevitabilidade dotada de carga valorosa.

 

Um exemplo de Wabi-Sabi pode ser uma tigela de cerâmica que, apesar de rachada ou desgastada, adquire uma nova forma de beleza através de suas imperfeições e a história a qual passou.


Bastaria olhar para nosso corpo para obter diversos outros exemplos do wabi-sabi e sua consequente beleza inerente ao tempo e experiências vividas.

 

Além do que nos foi ensinado da beleza geométrica, matemática e bem distribuída, podemos agora por meio dessa filosofica enxergarmos a beleza presente, agente e igualmente harmônica, como reflexão da natureza e do cosmos.

 

Para o Wabi-sabi, não se trata de aceitar, mas de reconhecer.

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