Como Agir Eticamente?
- Carlos Machado Jr
- 5 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 2 de jun.
Independente do aprofundamento e entendimento acadêmico ou das diferentes concepções sobre o que são valores, moral e ética, fato é, que qualquer pessoa (alfabetizada ou não) pode a sua maneira dar um significado para esses termos,.
Logo, existe uma compreensão pulverizada na sociedade sobre a ética. Então por que se tem a sensação de que vivemos numa sociedade cada vez menos ética?
Afinal, o que faz a ética existir no mundo prático?
Pelo que vimos, talvez não seja a falta de conhecimento sobre seu significado, ou seja não é por falta de um intelectualismo.
Não só no caso dessa pauta, mas também em muitas outras, o conhecimento e o entendimento não garantem necessariamente uma aplicação..
Quanto a ética, penso ser necessário dois fatores para sua devida razão de existir.
O primeiro é a racionalização sobre o seu papel ético - ocorre quando se questiona e se problematiza o comportamento individual e coletivo acerca do que se entende como costumes a serem aplicados, separando o certo do errado, passando pela linha tênue e muitas vezes dúbia sobre o que é o bem e o mal.
Um segundo, é a ocorrência no plano prático – parece óbvio essa afirmação, no entanto, é importante fazer uma análise da consonância do que se sabe e como se age, além do que a finalidade do estudo da ética. Afinal, compreender como se deve agir e fazer justamente o oposto é no mínimo estranho. E nesse caso a hipocrisia é o menor dos problemas, quando o mais preocupante são ações realizadas com má-intenção ou em proveito próprio.
Sempre que penso sobre esse tema, acabo por lembrar de uma pessoa do meu convívio que a meu ver demonstra uma dedicação a uma vida que me parece ética e lúcida. Claro que, como ser humano essa pessoa tem suas sombras e seus momentos. Mas ninguém pode ser analisado com uma calculadora ético-comportamental, pois os exemplos que essa pessoa transmite não são depreciados por nenhum outro.
Um pouco do que se observa dessa pessoa, não vemos ela ensinando, comentando ou se vangloriando sobre o seu comportamento ético, nem tampouco ela se permite fazer análises sobre como as pessoas deveriam ser ou sobre como estão erradas.
Essa pessoa apenas age, contempla, pondera, perdoa, não se exalta, deixa o tempo resolver algumas questões e entende o próximo em suas falhas, respeitando acima de tudo a individualidade de cada um.
E nesse momento, alguém com pouca ou nenhuma força de vontade, pode estar pensando que essa pessoa é um capacho social, um isento, um submisso etc. E acreditem, isso é mesmo o que muitos pensam. Pois a estética social, a falsa percepção de poder e o medo da vulnerabilidade, são fatores que influenciam na análise sobre o outro. E arrisco dizer que provavelmente sejam esses os maiores impeditivos de um aumento do uso da ética.
Mas o que faz de especial essa pessoa? Ela apenas coloca em prática aquilo que reconhece como certo, justo e bom.
Por isso repito. Toda vez que penso ou estudo sobre ética, essa pessoa me vem a mente.
Ao tentar contribuir e deixar uma resposta ao título desse texto, eu diria que: Agir eticamente implica em racionalizar antes de agir até que as ações éticas se tornem um hábito.








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